São Paulo constrói Centro Paralímpico de referência

Em parceria com o governo federal São Paulo quer que o Brasil se torne uma potência paralímpica

José Medeiros (Centro Paralímpico em São Paulo)

José Medeiros, São Paulo 08/11/15

A menos de um ano das paraolimpíadas, um dos legados dos jogos é o Centro Paralímpico Brasileiro que está sendo construído em São Paulo, esse centro terá capacidade de abrigar mais de 15 modalidades esportivas, além de toda a infraestrutura necessária para a formação de profissionais ligados a pratica esportiva, como, atletas, técnicos e árbitros por exemplo, também haverá um alojamento para 280 pessoas, lavanderia, refeitório, ou seja tudo que é necessário para uma formação esportiva.

O Centro Paralímpico está sendo construído as margens da rodovia dos Imigrantes em São Paulo, em uma parceria entre o governo estadual e federal. O estado de São Paulo entrou cedendo o terreno e investiu mais R$ 120 milhões, já o governo federal contribuiu com R$ 169 milhões. Essa obra é tão grande e importante, que, uma vez pronta no final deste ano, ela será uma referencia paralímpica.

Em uma visita realizada no mês de Maio, o governador Geraldo Alckmin afirmou ao portal do Governo de São Paulo que, “o Centro Paralímpico Brasileiro estará entre os cinco ou seis maiores e melhores do mundo”.

Para Carlos Farrenberg atleta da natação e vice-presidente do conselho de atletas, órgão que trabalha junto com o Comitê Paralímpico Brasileiro a fim de dar voz aos atletas, o objetivo do Centro Paralímpico é, “ser o centro de referência em desempenho do esporte paralímpico brasileiro preparando melhor os atletas com uma estrutura excelente”. Um dos desejos do Centro é facilitar o acesso à prática esportiva para pessoas com deficiências. Para Carlos a “infraestrutura para a iniciação esportiva de pessoas com deficiência e para o trabalho da base dos esportes, principalmente nas escolas”, é hoje o principal obstáculo enfrentado pelo comitê.

Os mais beneficiados pelo projeto será os atletas que reside mais próximos a São Paulo, perguntada sobre qual a expectativa dela como atleta, Jane Karla Rodrigues disse que não possuía “Nenhuma porque o centro Paralímpico para mim não foi passado nenhuma informação sobre ele”. Jane mora e treina em Goiânia, ela inclusive mudou de modalidade recentemente, a atleta praticava o Tênis de Mesa e havia conquistado vários torneios como, por exemplo, dois títulos ParaPan Americanos, “a Confederação criou novas regras que impossibilitam minha qualificação para as  Paraolimpíadas no Rio 2016”.

Na nova modalidade que é o Tiro com Arco, Jane conta que as dificuldades são para adquirir materiais para treinar, “A maior dificuldade é comprar os materiais. São todos importados e assim caro e ainda tem impostos de importação. Os principais materiais teria que ser disponível por preços mais acessível aqui no Brasil”.

Apesar de todas as dificuldades ela já conquistou o índice Paralímpico para participar das paraolimpíadas do Rio em 2016. O Brasil por ser sede já havia quatro vagas e Jane conquistou mais uma com seu talento.